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08/04/2011

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: PROBLEMA DE ADPTAÇÃO SOCIAL, DROGAS OU O QUE?

A violência nas escolas acontece em diversidade e freqüência superior (muito superior) ao que mostram as estatísticas. Diariamente ocorre agressão a professores, a funcionários e a alunos. Os casos de bulling são extremamente comuns no interior das escolas.
A violência protagonizada pelos jovens nessas instituições é uma realidade inegável. A sociedade terá que se organizar e insurgir-se ativamente contra este fenômeno. De igual modo, a escola terá que ajustar os seus conteúdos programáticos e acercar-se mais às crianças. Devido às exigências, as famílias muitas vezes destituem-se da sua função educativa, delegando-a a escola. No meio de toda esta confusão, estão às crianças, que, atuam conforme aquilo que observam e agem consoante os estímulos do meio. Meio esse que por vezes oferece “paradigma” de conduta e referências positivas questionáveis.
A sociedade mundial tem sido um pouco indiferente relativamente aos seres que são socialmente frágeis e que muitas vezes adaptam condutas violentas como forma de proteção e/ ou imitação.
A violência nas escolas não é um fenômeno novo. Todavia tem vindo a assumir proporções tais que a escola não sabe que medidas tomar para sanar este problema.
A violência surge em contextos e em situações bem conhecidas. Torna-se imperiosa uma intervenção educativa, não só dirigida aos jovens, mas a todos os cidadãos, pois todos, enquanto sociedade global somos culpados e deveremos ser chamados a intervir para contribuirmos para uma sociedade mais justa e igualitária. De acordo com Arregi Goenaga (1998: 60), “a violência afigura ser uma rede complexa que se pode sobrevir a partir da educação”. Esta é importante, pois ensina a criança a adquirir determinados valores tais como a compaixão e a dor alheia, bem como valorizar a vida não só a sua como a dos outros. Já Rousseau afirmava que os homens não nascem naturalmente maus, a sociedade é que os transforma. De fato, nenhum ser humano nasce violento, ou criminoso, o seu destino não está traçado após a nascença. Os seus comportamentos são fruto do ambiente a que são expostos.
Numa sociedade tecnológica, consumista e competitiva, que valoriza a aquisição de bens de qualquer forma, que só dá oportunidades aqueles que já possuem algo, o comportamento desses jovens poderá ser considerado como adaptativo
O senso comum mostra-nos que a relação entre aluno e escola apresenta múltiplas fases ao longo do caminho do indivíduo. Nos primeiros anos, nomeadamente na Educação Infantil, ou mesmo ensino básico, as crianças ficam ansiosas para ir para a escola: é lá que estão os seus colegas de brincadeiras, os educadores/professores são durante alguns anos os mesmos, pelo que as relações afetivas são intensificadas e todos os conceitos são apreendidos de forma agradável e lúdica.
A desvalorização do lado afetivo, a introdução de maior formalidade no relacionamento e a constante troca de professores consoante as disciplinas, faz com que se registre um esmorecimento nesta relação entre alunos e escola.
Todas ou quase todas as repartições são equipadas com recursos humanos que permita efetivar sistematicamente à segurança (refiro-me a segurança armada), porém as escolas, com raras exceções (no caso de Ceará os tipos: LICEU, CAIC, SERE e EEEP das cidades maiores) são desprovidas desta estrutura e conseqüentemente deixa a escola ainda mais vulnerável no complexo quesito segurança. Este quesito envolve uma série de aspectos e não apenas o vigilante armado ou sem arma. E ainda há um agravante que todos querem entrar e sair deliberadamente da escola. Estabeleceu se esta prática, esta cultura que a escola deve ser universalmente bisbilhotada.
A violência chegou à escola: alunos agressivos uns com os outros. Nas salas de aula respira-se o desânimo e a indisciplina. Isso é refletido em vandalismos, agressões físicas e verbais, rejeições, discriminações. O professor é tratado com desrespeito e descaso. Ordens e regras pouco são acatadas. Em algumas turmas, dar aulas tornou-se uma tortura. O respeito que se tinha pelo professor não é mais o mesmo. Casos de agressões físicas, ameaças e humilhações a professores tornaram-se comuns, e são notícias em jornais nacionais e internacionais. Tornou-se corriqueiro ver um professor agredido e humilhado desistir da profissão. Até quando teremos de conviver com essa agressividade? Ainda estamos no mês de abril, mas veja quantas notícias de agressões a professores já foram manchete este ano, esta é mais grave, a mais preocupante e mais corriqueira. Ela, a agressão aos Professores pode comprometer seriamente a demanda pela função bem como a qualidade dos serviços prestados pelos referidos profissionais.


Tianguá, 08/04/2011
Gentil Telles
Fonte: http://teleducador.blogspot.com/
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