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13/03/2011

TSUNAMI GERADO NO JAPÃO DEVE CHEGAR AO BRASIL QUASE IMPERCEPTIVEL

RIO - O tsunami gerado pelo terremoto que atingiu a costa nordeste do Japão na madrugada desta sexta-feira também deverá chegar ao Brasil, a exemplo do que aconteceu com a onda criada pelo tremor que abalou a costa da Ilha de Sumatra, na Indonésia, em dezembro de 2004. Mas, como a distância é muito maior e há mais obstáculos no caminho, o fenômeno deverá ser quase imperceptível. Até o início da noite de hoje, nenhum marégrafo da Marinha havia registrado alterações no nível do mar e a expectativa era de que sinais dele só seriam vistos pelo menos 26 horas depois do tremor, isto é, na madrugada deste sábado.
"O fenômeno está atualmente afetando diretamente apenas o Oceano Pacífico, incluindo a margem oeste do continente americano. Por esse motivo, não se espera haver riscos à navegação na costa brasileira, embora exista a possibilidade de que a onda se propague através da comunicação entre os oceanos Pacífico e Atlântico, pelo Canal de Drake. Neste caso, a previsão de chegada dos sinais de presença do tsunami seria após 26 horas da ocorrência registrada no Japão e provavelmente de forma bastante atenuada", informou a Marinha.
Paulo Rosman, professor de engenharia costeira e oceânica da Coppe/UFRJ, explica que tsunamis só são gerados quando há deslocamento vertical do solo do oceano devido ao terremoto, o que aconteceu no caso do tremor no Japão. No epicentro a onda atinge sua maior altura, que cai a medida que ela vai se irradiando. Como a densidade de energia da onda é proporcional ao quadrado de sua altura, ela perde força rapidamente.
- Mas a grande diferença de um tsunami para uma onda comum não é a altura, e sim o comprimento - diz. - É a diferença de ser atropelado por uma bicicleta e por uma locomotiva. Enquanto uma onda na praia tem comprimento de algumas dezenas de metros, a do tsunami tem dezenas de quilômetros. A massa de água em movimento é muito maior, então uma onda de 20 quilômetros que entra dois quilômetros para o interior não é nada, é só uma lambida, mas que carrega tudo que está pela frente como se fossem folhas boiando.
Segundo Rosman, como o Japão está no meridiano oposto do Brasil e no Oceano Pacífico, o efeito do tsunami no país deve ser ínfimo. No caso do terremoto na Indonésia, a costa atlântica brasileira estava mais próxima e o espaço para a onda passar entre a África e a Antártica era mais aberto.
- Assim, o tsunami deve chegar ao Brasil com uma altura muito menor, provavelmente com apenas um centímetro, e ninguém vai notar - estima.

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