Era o ano de 1999 quando adquiri meu primeiro microcomputador desk top. Apesar de ser um top de linha na época sua descrição para os usuários atuais era de fazer vergonha. Para não se alongar por muitas linhas descreverei apenas duas características: Trinta e dois, eu disse trinta e dois mega bytes de memória ram e um hard disk (HD) de quatro, eu disse quatro giga bytes. Fazendo uma analogia, era como se eu tivesse adquirido uma pequena sala para morar com uma prateleira de 32 cm de tamanho para guardar meus cacarecos. E fiquem sabendo que este “belezura” custou R$ 1.380,00. Isso mesmo. Removendo papéis mofados joguei no lixo hoje mesmo a velha nota fiscal.
Passados mais de uma década qualquer um pode ir em uma loja de informática de trazer um “bólido” da tecnoligia hoje com no mínimo 4 GB de Ram, e 500 GB de HD por menos do que paguei naquela época. Novamente fazendo uma analogia e mantidas as proporções entre a máquina e o imóvel e como se comprasse uma gigantesca e luxuosa casa pelo mesmo preço ou talvez menor ainda. Finalizando o assunto é só atentar para o fato de que, a tecnologia evoluiu 1000 vezes mais em uma década em qualidade, robustez e “tamanho” mantendo o mesmo preço. Aquela máquina adquirida a dez anos se comparada com as de hoje não passavam de calculadoras de bolso. E aí? Quem paga mil mangos pela maquinha que faz as quatro operações mais porcentagem e raiz quadrada?
Conclusão: Houve deflação nos produtos de tecnologia. Cairam de preço em mais ou menos 1000 %. E se todas as coisa também tivessem seguidos o mesmo caminho hien? Comprariamos um bom apartamento ou uma grande casa ou um sitio bucólico, uma grande comioneta de luxo, um bom carro importado por aproximadamente uma dez mil reais. Aí novamente eu faço a pergunta título destas mal traçadas linhas: Será que as pessoas já pensaram nisto?
Manuel de Jesus
