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26/03/2011

O COREAUENSE É SÁDICO?


A minha discordância é PLENA com o pensamento do Manoel de Jesus da Silva (funcionário do Banco do Brasil de Coreaú, também coreauense, homem perspicaz, que procura filosofar e encontrar respostas para as mais diversas interrogações humanas), quando afirma categoricamente que o COREAUENSE É SÁDICO, ao se referir ao pequeno texto AOS JOVENS INCONFORMADOS COREAUENSES postado pelo amigo Eliton Menezes no blog COREAUSIARA.
Entendo que as argumentações levantadas por ele, trazidas a lume no sobredito blog, não devem prosperar, posto que desprovidas de fundamentação histórica e, principalmente, sociológica, senão, vejamos. 
Essa assertiva, como outra contida no bojo do texto quando diz que “costumo ler mentes e intenções ... Mesmo à distância” (sic), refletem uma visão hostil, genérica e, portanto, agressiva ao povo de Coreaú.
Em toda sociedade, no curso da História, sempre existiram nos mais longínquos lugares do Planeta, indivíduos que se sobressaíram porque tiveram uma capacidade tremenda de raciocinar e de mudar o comportamento coletivo, com vistas à consecução do bem comum. A exemplo disso, sempre tivemos (e vamos ter) grandes pensadores e cientistas, das mais diversas áreas do conhecimento, que contribuíram para o desenvolvimento harmonioso da humanidade. Por seu turno, há aqueles que são exageradamente alheios à realidade que os circunda, seja por ignorância, alienação ou até mesmo porque são egocêntricos (nascem com “espírito de porco”).
O município de Coreaú é uma comunidade formada por famílias que são unidas por laços muito estreitos, com características várias, cultura e costumes de uma cidade interiorana fincada no semiárido do Nordeste brasileiro, dentre as quais são visivelmente perceptíveis a bondade de seu povo e a hospitalidade, não obstante o grau de dificuldades de toda ordem a que é submetida (a comunidade), seja em dado momento histórico, seja em outro.
Essa variedade de pensamento e de comportamento é absolutamente normal, e deve ser respeitada, até mesmo porque não existe cultura superior.
Agora, o enigmático e folclórico Manuel de Jesus querer atribuir todas as mazelas pelas quais passamos ao suposto sadismo de nosso povo, bem como aduzir que costuma ler mentes e intenções, é simplesmente algo singular.
Ponto pacífico é compreendermos, numa dimensão política do homem, que Coreaú carece de bons administradores, que sejam efetivamente comprometidos com a garantia da dignidade de seu povo, posto que nesse âmbito, a situação tem deixado a desejar desde algum bom tempo, com risco de perdurar por longos anos (ou décadas), caso não tomemos as rédeas, agindo com antecipada visão, objetivando “mudar o mundo” (mudar Coreaú para melhor).
A propósito, por extensão, sadismo, segundo o dicionário do Aurélio, é “que se deleita em fazer sofrer a outrem; mau, cruel, tirano”.
Desculpe-me, prezado, a discordância, mas creio eu que (até que me provem o contrário, sem argumentos falaciosos) COREAÚ é um dos melhores lugares do espaço terrestre para se morar, até mesmo porque nasci aqui, criei-me aqui, tenho minha família aqui e aqui tenho meia-dúzia de bons amigos que conquistei, e só se faz amigos quando se é amigo.
COREAÚ não é sádico, cruel, nem tirano.
Plagiando Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, o coreauense é, antes de tudo, um FORTE.
Coreaú-CE, 26 de março de 2011.

FERNANDO MACHADO ALBUQUERQUE
Professor
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