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07/10/2010

CARTA AO MINISTRO DA CULTURA

Reportando a atitude do Ministério da Cultura, em indicar o filme que enfoca a vida do Lula, com apenas 1% de preferência do público, ao ÓSCAR, quando o mesmo ministério disponibilizou um espaço para que o público manifestasse a sua preferência, votando no seu próprio site, quando o filme NOSSO LAR obteve mais de 70% de preferência, seguido pelo CHICO XAVIER, que também teve uma votação enorme, enviei esta carta ao ministro da Cultura, cujo email está na própria carta.

Se você quiser, também, manifestar o seu protesto, fica aí, então o email: gabinete.scc@cultura.gov.br

Para a sua apreciação.

São Paulo, 1 de Outubro de 2010.De: Alamar Régis Carvalho
Para: Sr. Juca Ferreira
Ministro da Cultura


Senhor Ministro:
Em princípio dispenso, nesta carta, o tratamento de excelência, posto que, pelos exemplos que temos visto no Brasil, nem todos os ocupantes de cargos públicos, inclusive Ministérios, são merecedores de tal tratamento.

Esta minha carta é, também, um protesto veemente contra o que qualifico como atitude ridícula, por parte do seu Ministério, no episódio de indicação de um filme brasileiro ao ÓSCAR.
Não quero, com o protesto, deixar o entendimento de que estou contrariado por não ter sido indicado um filme da minha preferência, porque aí quem estaria se expondo ao ridículo seria eu, por dirigir carta a um Ministro de Estado por não satisfação o meu gosto. O que quero caracterizar aqui é o nível de insensatez, incoerência e até burrice, por parte do seu Ministério, pela seguinte razão:

O Ministério da Cultura disponibiliza um espaço na Internet, para que o cidadão brasileiro vote em filmes para essa reapresentação, essa votação aponta um dos filmes com mais de 70 por cento de preferência, e, de repente, o país é surpreendido ao ver que o Ministério preferiu optar por um outro filme, que alcançou uma média de apenas 1 por cento.

O que é isto, senhor Ministro?
Onde está a coerência, por parte do seu Ministério?

Embora sabendo que esse ministério não me responderá, porque não terá como responder, formulo algumas perguntas:

Se já estava pré-decidido qual o filme que, certamente, seria o indicado, por que motivo, então, o ministério inventou a tal votação?
Como pode um ministério, logo o da Cultura, subestimar tanto a inteligência do público, fazendo tantas pessoas de idiotas?

Observe bem um detalhe:
Se tivéssemos diante de dois ou três filmes, praticamente empatados, tecnicamente, os três com níveis de votações quase iguais, diferenças de 3, 4, 5 ou até 10 pontos, por mais que o ministério apontasse o terceiro colocado, calar-nos-íamos por reconhecer que poderiam ter fatores, técnicos, que talvez não pudessem ser observados pelo cidadão comum, votante. Mas não foi o que aconteceu, senhor ministro, já que a diferença é de 70 para 1 por cento!!!!

Foi ridículo ao extremo.

Eu, como muitos brasileiros, vou fingir que não sei que a atitude se deu por necessidade de bajulação ao chefe, posto que aqueles que não dispõem da competência suficiente para ocupar determinados cargos precisam se utilizar do recurso do puxa-saquismo para se manterem nos cargos.

É uma pena.
E daí eu pergunto, mais uma vez:
O senhor não teve vergonha de encarar o público, depois de um vexame desse?
Não passou pela sua cabeça a disposição de pedir demissão, ao presidente da república?

Desculpe-me, senhor Juca, mas, diante de tal procedimento pode ter certeza de que quem apoia atitudes como essa, e talvez até aplauda, é o segmento de brasileiros que limpa a bunda com jornais, porque o que lê jornais consegue, facilmente, perceber o nível de imbecilidade que está a frente de vários órgãos públicos.

Eu comecei a carta dizendo que dispensaria o tratamento de excelência, não por falta de respeito à pessoa em si, mas por considerar que, no Brasil, muitos merecem mais é o tratamento de excremência.

“Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.” – Abraham Lincoln. 
Indignadamente.

Alamar Régis Carvalho

alamar@redevisao.net

São Paulo, SP

PAUTA DE MANUEL DE JESUS
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