No dia dois de agosto, tive o privilégio de receber a visita do distinto casal coreauense Davi Portela e Anatália. Dois grandes mestres que honram a cultura palmense. Ambos se expressam no vernáculo com clareza refulgente e profundidade acadêmica. Quando escrevem ou falam, usam o verbo com dignidade e ética, além de resvalar conhecimento, sabedoria e elegância.
Nesse alegre comenos, os ilustres visitantes conheceram um pouco do pequeno acervo do Centro da Memória de Coreaú – Cemeco. Na conversa amena e salutar, poesia e prosa emolduraram o ambiente. Lógico que a Palma com sua magia e seu fascínio deu o tom do ritmado bate-papo.
Foi um ótimo e prazeroso final de tarde. Senti-me gratificado por tudo que aprendi com esses dois cultores das letras. Ele falou de poesia erudita e popular, ou melhor, de soneto e cordel, destacando a rima e a métrica. Ao contemplar documentos e fotos antigos da velha Palma, como historiador, inspirado por Clio a bela musa da História, ele fez abalizados comentários sobre os fatos e cenários insculpidos na amostra documental apresentada. Ela citou textos, crônicas e livros, referindo-se, também, ao acervo visitado.
Neste agradável cavaco, na fala desses cultos conterrâneos, experimentei um pouco do cotidiano da terrinha, quanta saudade.
Obrigado, nobres amigos!
Fortaleza, 3 de agosto de 2010
Leonardo Pildas