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06/07/2010

INCENTIVO À CRIATIVIDADE

Com o célere desenvolvimento da informática no setor da educação, aliado às mudanças profundas ocorridas no contexto do avanço social, mestres e pedagogos alertam sobre a necessidade de imprescindíveis modificações em vários conceitos e práticas no campo da educação, com o objetivo de torná-la mais personalizada e adaptável às circunstâncias econômicas. A escolha da profissão, pelo jovem, está no centro desse debate marcado pela divergência de opinião.A partir do pressuposto de que todo ser humano, desde as crianças e adolescentes, possui qualidades naturais e habilidades natas, ainda não foi devidamente estabelecido um método eficiente para descobrir e explorar as potencialidades individuais de forma a aproveitar melhor o momento adequado para desenvolver esses talentos. A verdade é que o leque de oportunidades não se expandiu conforme a demanda do mercado de trabalho.Em um mundo no qual a informática e o intercâmbio de conhecimentos adquirem aspectos cada vez mais abrangentes, acarretando mudanças nas múltiplas áreas de interação social, o sistema de educação formal continua praticamente inalterado, observando ainda padrões seculares, nos quais o incentivo à criatividade artística não existe. De modo geral, a formação de cunho eminentemente acadêmico, embora também indispensável ao aprendizado, por vezes inibe os estudantes de seguirem vocações relacionadas a suas próprias aptidões, quando estas não fazem parte do modelo convencional criado por normas que subestimam, ou discriminam certos tipos de atividade profissional.Em seu livro "O Elemento-Chave", o conceituado professor britânico Ken Robinson conclama em favor de uma revolução no plano educacional, que possibilite o surgimento de um ambiente propício ao florescimento de talentos e induza os jovens a realizarem, no futuro, as escolhas p ara as quais se sintam verdadeiramente vocacionados. Isso a despeito da influência de qualquer imposição preconcebida pelo senso comum, advindo do próprio núcleo familiar.Uma das principais falhas apontadas por Ken Robinson é a extrema prioridade que se dá ao ensino das ciências exatas, objeto de prêmios e competições, enquanto, na maioria dos casos, a opção pela arte é relegada a um plano nitidamente inferior. Há pouco incentivo ao ensino das artes visuais, da música e da dança, autênticas expressões culturais e de grande valia para o desenvolvimento econômico e a imagem de um país. Tolhe-se no nascedouro, por falta de chances, talentos que poderiam contribuir sensivelmente no engrandecimento cultural da nação, sem falar na notória distorção causada na formação da personalidade de jovens frustrados.Talvez o professor Ken Robinson incorra em exagero ao afirmar que, nesta fase de transição, quando se confrontam elementos conservadores e a evoluç ão da tecnologia virtual, o sistema educacional em vigor "sufoque" a criatividade. Mas não há dúvida quanto à consciência de que essa evolução também se configura como forte estímulo em favor da diversidade abrangente, encorajando as pessoas a serem mais decididas e menos constrangidas na escolha de suas opções pessoais e profissionais.

EDITORIAL DO DIÁRIO DO NORDESTE,04/07/10

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