Nos remotos tempos da Antiguidade, precisamente na Grécia, onde todos sabem, nasceu a democracia, houve uma onda de degeneração e corrupção muito grande, que chegou ao ponto de um grego, cujo nome não estou bem certo se foi Diógenes ou Demóstenes, devido a minha cultura rasa, chegar a sair com uma lâmpada acesa em plena luz do dia.
Quando lhe perguntaram o que estava fazendo, respondeu que procurava um HOMEM.
Não, não era gay. Era um filósofo. E procura um homem decente, probo e honrado, que pudesse governar o destino dos gregos.
Não sei o resto da história. Se ele achou ou não o homem, afinal.
Mas se fosse no Brasil, a gente poderia imaginar mais ou menos como seria o itinerário desse filósofo, saindo com uma lanterninha acesa ao meio-dia, dizendo que estava procurando um homem...
Na primeira esquina a pivetada lhe roubaria a lanterna. Talvez, encontrasse a sua própria luz no fim do túnel. Quiçá, chegasse a entender que não é só um homem que resolveria, pois o tempo também mudou a Filosofia.
Nós, porém, provavelmente, ficaremos assim como sempre estivemos.
Sem luz, sem ética, sem o tal homem, sem saúde, sem educação, com a velhice pendurada nas miseráveis aposentadorias e a juventude sem nada entender do bonde da história, desse velho trem desequilibrado nos próprios trilhos.
E pior... Com as mesmas astutas, velhacas e conhecidas raposas de nossa velha e viciada política, entrando e saindo dos seus cavernosos gabinetes, nos dizendo isso e aquilo, nos palanques, mas nos deixando a ver navios, enquanto assistimos aqui o desfile dos inumeráveis e pequenos países passando a nossa frente. “Até quando Catilina, abusarás da nossa paciência?”
Mas deixa pra lá... Isso aí, já é Roma. Vamos ficar por aqui mesmo, na Grécia. E com a nossa “laterna”.
Fonte: Diário do Nordeste, 01/05/2010
Sugestão de leitura do Professor Davi Portela
Quando lhe perguntaram o que estava fazendo, respondeu que procurava um HOMEM.
Não, não era gay. Era um filósofo. E procura um homem decente, probo e honrado, que pudesse governar o destino dos gregos.
Não sei o resto da história. Se ele achou ou não o homem, afinal.
Mas se fosse no Brasil, a gente poderia imaginar mais ou menos como seria o itinerário desse filósofo, saindo com uma lanterninha acesa ao meio-dia, dizendo que estava procurando um homem...
Na primeira esquina a pivetada lhe roubaria a lanterna. Talvez, encontrasse a sua própria luz no fim do túnel. Quiçá, chegasse a entender que não é só um homem que resolveria, pois o tempo também mudou a Filosofia.
Nós, porém, provavelmente, ficaremos assim como sempre estivemos.
Sem luz, sem ética, sem o tal homem, sem saúde, sem educação, com a velhice pendurada nas miseráveis aposentadorias e a juventude sem nada entender do bonde da história, desse velho trem desequilibrado nos próprios trilhos.
E pior... Com as mesmas astutas, velhacas e conhecidas raposas de nossa velha e viciada política, entrando e saindo dos seus cavernosos gabinetes, nos dizendo isso e aquilo, nos palanques, mas nos deixando a ver navios, enquanto assistimos aqui o desfile dos inumeráveis e pequenos países passando a nossa frente. “Até quando Catilina, abusarás da nossa paciência?”
Mas deixa pra lá... Isso aí, já é Roma. Vamos ficar por aqui mesmo, na Grécia. E com a nossa “laterna”.
Fonte: Diário do Nordeste, 01/05/2010
Sugestão de leitura do Professor Davi Portela
