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13/05/2010

ATUALIZAR AS BIBLIOTECAS

Os níveis de desenvolvimento de uma comunidade podem ser aferidos pelo número de bibliotecas e pela frequência de seu público. Essas premissas podem ser aplicadas aos resultados do 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas para o Ministério da Cultura. Pelo levantamento, 79% das 5.565 cidades brasileiras dispõem de bibliotecas municipais. Em consequência, tal equipamento se faz ausente em 21% das municipalidades.

O recenseamento constatou outras particularidades, caracterizadas pela ausência de acervos culturais disponíveis tanto para o público estudantil, como para as camadas amadurecidas da população. Pelo levantamento, as pesquisas escolares correspondem ao principal motivo de frequência às bibliotecas (65%), seguidas pelas pesquisas em geral (26%). No Nordeste, 75% dos estudantes usam as bibliotecas em busca de informações para suas tarefas didáticas.

O Censo se cingiu aos espaços públicos de leitura, mantidos exclusivamente pelos municípios, descobrindo fragilidades contornáveis com uma política do livro direcionada para este segmento. Nas bibliotecas com funcionamento regular, 71% delas não oferecem acesso do público à internet; 91% não dispõem de estrutura capaz de atender às necessidades dos deficientes visuais e 53% não têm condições técnicas adequadas para o manuseio das obras.

A oferta desses encargos é tipicamente de responsabilidade das gestões municipais. Entretanto, as deficiências são apontadas como resultantes da falta de recursos financeiros para o custeio das instalações, aquisição de acervos e manutenção do serviço. Outra falha visível é a ausência de bibliotecários para a administração das unidades em bases tecnicamente recomendáveis, evitando-se, desse modo, o uso inadequado do acervo disponível e até o seu sumiço.

Levando em conta todos esses obstáculos, o Ministério da Cultura, por meio da Fundação Biblioteca Nacional, está mobilizando as prefeituras municipais para uma ação conjunta, objetivando o revigoramento das bibliotecas existentes e a implantação de novas onde elas ainda não existam. Para tanto, o MinC oferece um kit com dois mil volumes, mobiliário e equipamentos, no valor de R$ 50 mil para cada unidade, além dos telecentros comunitários oferecidos pelo Ministério das Comunicações sem quaisquer ônus.

Na classificação estabelecida pelo censo, o Ceará figura na 19ª posição quanto ao número de bibliotecas. São 147 unidades para a população estimada em 8,6 milhões de habitantes, distribuídas por 184 municípios. Do ponto de vista quantitativo, há apenas 10 municípios sem bibliotecas. Em compensação, 41% das existentes estão interligadas à internet.

A questão maior, aqui, reside nos acervos desatualizados, por não haver investimentos regulares para aquisição de obras essenciais, nem o hábito de frequência regular a esses núcleos de informação. Colaborando com essa política, a Secretaria de Cultura do Estado dispõe de um programa adicional para enriquecer os acervos e transformar as bibliotecas em centros dinâmicos de leitura, pesquisa e difusão do saber.

Fonte: Diário do Nordeste, Editorial

Sugestão de Materia do Professor Davi
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