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16/05/2009

REFORMA NO ENSINO MÉDIO

Em meio às recentes discussões para substituir os vestibulares das universidades federais por um modelo unificado, o Ministério da Educação (MEC) apresentou o projeto "Ensino Médio Inovador" - propondo uma reforma no ensino médio público do País. O programa que foi entregue no dia 4 de maio ao Conselho Nacional de Educação (CNE) tem aprovação prevista para o início de junho. Em entrevista, especialistas avaliam a maneira como esse projeto será concretizado e sua eficácia para transformar o ensino público. O relator do processo no conselho, Francisco Aparecido Cordão, afirma que dará parecer favorável para o projeto com algumas sugestões de reajustes. Para ele, a proposta do MEC de reestruturar primeiramente as escolas que tiveram o pior índice no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2008 precisa ser revista.
"As piores escolas precisam de ajuda. Mas, para executar um papel de estímulo, também investiria nas que obtiveram os melhores resultados", explica Cordão, dizendo que a grande meta do MEC é equiparar o Brasil aos países desenvolvidos. "Precisamos chegar ao nível da Finlândia. As nossas melhores escolas ainda estão longe do nível mundial", afirma.
Uma das principais propostas do projeto é reestruturar o currículo do ensino médio. Para isso, o MEC propõe distribuir o conteúdo das 12 matérias (presentes no currículo atual) em quatro grupos de conhecimento: "línguas", "matemática", "humanas" e "exatas e biológicas" - aproximando o aluno do novo molde do Enem, com conteúdos que priorizam a intertextualidade.
O relator do CNE acredita que, com essa mudança, o ministério aponta para a direção certa. Segundo Cordão, as escolas precisam trabalhar a maneira como o conteúdo é transmitido para o aluno. "A escola é vista pelo estudante como chata e desinteressante. Um dos objetivos centrais do ensino médio é criar condições para que os indivíduos continuem os estudos nos ensinos superiores".
Partindo desse conceito, Cordão acredita que o ensino médio poderá deixar a condição escola-auditório e se transformar em uma escola-laboratório. "Precisamos de um ensino que desafie o aluno a aprender. Nesses moldes, a escola está no século passado. Precisamos trazê-la para o século 21, para acompanhar os jovens de hoje".
Já para o professor Machado, a ideia de "acabar com as disciplinas que já conhecemos" é uma visão interessante, com mais conteúdo. Porém, ele diz que nada mudará se o MEC tiver apenas o novo Enem como base e não melhorar as condições de trabalho do professor. "Se nada for feito para mudar a realidade docente, o professor continuará ensinando do mesmo jeito. Não se pode esperar que, de um dia para o outro, os professores mudem magicamente a sua prática na sala de aula".
FONTE: Último Segundo
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