Necrofilia, suicídios ao vivo, pedofilia e mutilações. O lado mais
sórdido de alguns dos conteúdos da internet, do qual muitos internautas
sequer chegam perto, foi o ganha-pão de um ex-funcionário temporário do
Google por um ano, segundo relato publicado no site BuzzFeed FWD.
O contratado, não identificado no texto, era pago para examinar imagens e vídeos desse tipo e filtrá-los. Conforme o BuzzFeed, eram 15 mil imagens por dia, em que passava de tudo pela mãos do "censor" do Google.
"Eu não tinha com quem conversar. Eu não podia falar disso em casa
com minha namorada porque eu não queria sobrecarregá-la com o peso dessa
porcaria. Por meses eu ficava olhando para essas coisas e achava que
estava bem, mas isso estava me mandando as poucos para um lugar
sombrio", relata o texto.
No radar do empregado entravam conteúdos publicados em ferramentas do
Google, como Picasa, YouTube e outros. O material mais sensível era a
pedofilia, que deveria ser retirada do ar em 24 horas, diz o
entrevistado.
O funcionário só percebeu que estava sendo afetado pelos conteúdos
quando um agente federal conduziu um teste de Rorschach, uma avaliação
psicológica com imagens.
"Me mostraram um cartão com uma foto e pediram para eu expressar a
minha primeira reação. Eu disse: 'isso é nojento!'... Era só a foto de
um pai com o seu filho", relembra.
Do Portal Terra