À minha amiga professora Graça Guimarães
Minha amiga, sei que ando/ Apertado até demais/ Não posso mais escrever/ Namorar não posso mais/ A lida pelo feijão/ Tá me botando pra trás!// Pra trás tão ficando, sei/ Meus pitacos de escritor/ Não escrevo mais cordel/ Militância desabou/ Cavalo tá na cocheira/ A caneta amofinou// Mofino, com tanta chuva/ E com trabalho, também/ Tá difícil pra correr/ Nas freguesias, meu bem/ Ser professor não é mole/ Você sabe muito bem!// Muito bem, eu lhe encontrei/ Num papo bom, apressado/ Enquanto comprava livros/ Para o meu abençoado/ Até logo, vá cuidar/ Do seu bem zelado gado!
(João Teles de Aguiar)