A bolinha de papel e o rolo de fita crepe deveriam ter atingido a consciência do povo brasileiro, pois somente assim acordaria e seria protagonista dessa grande revolução cultural que a mãe pátria brasileira espera de todos nós.
O Brasil nesses últimos anos teve um avanço muito grande na economia, fazendo que uma parte da população saísse da classe baixa para a média. Sabemos também que ainda existem muitos desafios, citando um deles, a questão da saúde que hoje está ameaçada por uma bactéria que já tivemos óbitos e o sistema de saúde pública não está preparado para enfrentar. A situação dos hospitais públicos é caótica, tem gente morrendo nos corredores por falta de leitos.
Quando penso no volume de recurso que foi gasto e ainda está sendo nesse pleito eleitoral, onde poderia ser aplicado nas necessidades básicas da população, fico muito preocupado, pois com certeza vai fazer falta para outros investimentos.
A campanha política eleitoral poderia ser mais pedagógica, nesse período o povo deveria exercitar o seu direito e dever de escolher os seus gestores através das propostas que venham contribuir para uma qualidade de vida melhor, mas o que vemos é a continuidade de programas de políticas compensatórias que não trazem uma sustentabilidade econômica para as famílias beneficiadas.
Quando o arqueiro coloca a mão dentro do bornal para pegar a flecha qual o seu objetivo, acertar o alvo e simplesmente atirar a flecha ao vento. Assim deveria ser a atitude dos eleitores para a escolha dos nossos candidatos, escolhendo os gestores certos e comprometidos e não simplesmente votar por votar ou em decorrência da cor da cédula que cai na sua mão.
Espero que as bolinhas e as fitas que depositaram nas urnas eleitorais não venham nos trazer vergonha, que estejam a serviço da população e não dos seus próprios interesses pessoais.
Carlos Teles
