Na Palma de 1952 e anos seguintes, a
disputa do azul e do encarnado não era restrita às quermesses de setembro
durante o novenário de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da Paróquia de
Coreaú. Esta contenda era festiva e renhida no velho campo de futebol no local
onde hoje se encontra o Hospital Municipal Dr. Fernando Teles Camilo.
Fora da ribalta da rede social
intitulada de fecebook, como o filho
pródigo, estou de volta para essa valorosa gazeta on line, Blog RM no Foco, que sempre me concedeu espaço para
publicar os meus singelos textos.
Eu tenho necessidade de escrever. Eu
preciso repassar tudo àquilo que recolhi sobre a velha Palma. Machado de Assis
em “Dom Casmurro” faz a seguinte afirmação: “Esta sarna de escrever, quando pega aos cinquenta anos não despega mais”,
nesta sentença tenho um forte argumento para validar estas acanhadas letras.
Todavia existe, ainda, uma inquieta alegação: morreu, ontem, o goleiro do time
do Azul, José Arteiro, da linhagem dos cambessas, filho de Francisco Caetano de
Souza (Chico Velho) e de Idelzuite Moura de Souza. Nesta crônica, a minha
homenagem a este honrado coreauense.
Com certeza, o goleiro do Encarnado da
citada época, Antônio Pedro, artesão que continua confeccionando tarrafas,
lembrou, quando a infausta notícia espalhou-se na sereníssima Coreaú, daqueles
momentos áureos em que a bola e as cores “azul” e “encarnado” das camisas,
simbolizando os partidos das quermesses, eram as armas do grande embate do
futebol palmense de então.
O registro foi feito, cumpri minha
missão de informar o que sei sobre a gente e as coisas da amada Palma.
Respeitei o meu compromisso de não postar, na aludida rede social. Estou
tranquilo e agradecido ao bom Deus porque me facultou o gosto pela escrita e a
boa leitura.
Fortaleza, 6 de fevereiro de 2015.
Leonardo
Pildas