O papa Francisco defendeu hoje (15) que a liberdade de expressão é
um direito fundamental, que não permite "insultos à fé dos outros". Ele
acrescentou que "matar em nome de Deus" é "uma aberração".
"Não podemos provocar, não podemos insultar a fé dos outros, não
podemos ridicularizá-la", disse aos jornalistas a bordo do avião que o
levou de Colombo, no Sri Lanka, para Manila, nas Filipinas. Perguntado
sobre as caricaturas do semanário satírico francês Charlie Hebdo,
alvo de um atentado que causou 12 mortos, na semana passada, em Paris, o
papa disse que a liberdade de expressão deve "exercer-se sem ofender".
Ele ressaltou que o direito de se expressar é "fundamental".
"Todos têm não apenas a liberdade, o direito, como também a obrigação
de dizer o que pensam para ajudar o bem comum. É legítimo usar esta
liberdade, mas sem ofender", insistiu, pedindo verdade, principalmente
na atividade política.
O papa destacou que a liberdade de religião e de expressão são
“direitos humanos fundamentais". Francisco condenou os assassinatos
cometidos em nome da religião. "Não podemos ofender, ou fazer a guerra,
ou matar em nome da própria religião, em nome de Deus", afirmou. Matar
em nome de Deus "é uma aberração" e "é preciso ter fé com liberdade, sem
ofender, sem impor, nem matar", frisou.
EBC
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