A recepcionista Edcele Souza Silveira segura a máquina com a foto do filho (Sidnei Costa/Agência Bom Dia) |
Um menino de 2 anos morreu no último sábado por catapora, segundo
laudo do Hospital de Base de Rio Preto, e a família diz que passou por
uma peregrinação em unidades de saúde e reclama de descaso da
prefeitura.
Willian Henrique Rocha de
Souza teria começado a sentir os primeiros sintomas da doença no dia 13
deste mês. Desde então, a mãe do garoto, a recepcionista Edcele Souza
Silveira, 23, teve de passar três vezes pela UPA (Unidade de
Pronto-Atendimento) do bairro Santo Antônio e duas pela da zona norte, e
na manhã da última sexta o menino foi encaminhado em estado grave ao
Hospital de Base.
Willian não resistiu e morreu
no dia seguinte. Ele foi enterrado na manhã de domingo no cemitério São
João Batista. “Primeiro ele foi diagnosticado com uma infecção na boca.
Só depois de uma semana disseram que era catapora. Em uma das vezes, o
médico da UPA Norte não o examinou e disse que ele estava com manha”,
disse Edcele. Ela afirmou ao BOM DIA que irá registrar boletim de
ocorrência e pretende processar a prefeitura.
A polícia deve instaurar inquérito para apurar o caso. A prefeitura anunciou investigação interna.
A
assessoria de imprensa do HB informou em nota que “o paciente foi
prontamente atendido ao dar entrada na emergência, sendo realizados
exames, ministrados antibióticos e realizados todos os procedimentos
adequados à evolução clínica do paciente. Devido ao quadro em que se
encontrava ao chegar à instituição, embora o tratamento adequado tenha
sido conduzido pela equipe pediátrica, o paciente faleceu em decorrência
de choque séptico.” Na certidão de óbito da criança, além de catapora,
estão classificados choque séptico e celulite na parede abdominal.
Rede Bom Dia