A maior descoberta científica dos últimos 40 anos é na verdade
minúscula. É menor que um átomo de hidrogênio – e extremamente fugaz.
Depois de quase meio século de buscas, apareceu e sumiu num instante tão
curto que desafia a noção do tempo. Dentro da maior câmera fotográfica
do mundo, o LHC, acelerador de partículas da Organização Europeia para a
Pesquisa Nuclear (Cern), na fronteira entre Suíça e França, alguns dos
maiores físicos contemporâneos só conseguiram extrair um traço
probabilístico da existência dessa partícula misteriosa. Batizada pelos
cientistas de bóson de Higgs,
ela guarda o segredo para a existência da matéria. Conhecida como
“partícula de Deus”, pode ser a chave para entender de onde viemos e
para onde vamos. É o mais importante passo da humanidade para desvendar a
maravilhosa mecânica do cosmo e como ele foi criado.
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